No universo corporativo, saber controlar as licenças do Microsoft 365 virou quase um ritual para gestores de TI como eu, Fernando Oliveira. Já vi de tudo: empresas que não sabem com quem estão as licenças, colaboradores com contas duplicadas, e até gastos completamente fora do esperado por pura desatenção. E, acredite, em 2026 a necessidade de controle só aumenta. Por isso, neste artigo compartilho oito práticas que considero mais seguras e práticas para lidar com esse quebra-cabeça, e evitar surpresas desagradáveis.
Por que o gerenciamento de licenças precisa ser repensado?
Depois de tantos anos atuando como consultor parceiro Microsoft CSP, posso afirmar: os cenários estão cada vez mais dinâmicos. Equipes mudam, funções se transformam rápido, colaboradores entram e saem… Uma licença mal administrada vira prejuízo rapidamente.
O que não é medido, não pode ser melhorado.
Com a variedade de planos existentes e os custos em dólar, uma má gestão faz qualquer orçamento perder o rumo. Pensando nisso, reuni abaixo as práticas que aplico na rotina dos clientes e também em minha própria consultoria.
1. Mantenha um inventário atualizado
Parece típico, mas muita gente acha que consegue controlar tudo de cabeça. Ter um inventário digital fácil de acessar, atualizado semana a semana, evita retrabalhos e gastos desnecessários. Prefiro planilhas integradas ao Microsoft 365, com colunas para status, usuário, data de atribuição e data prevista para revisão.
2. Controle o ciclo de vida dos usuários
Com a alta rotatividade, já perdi a conta de quantas licenças ficam “fantasmas” por falta de processo claro. O segredo está em criar um fluxo interno onde RH e TI caminhem juntos. Toda admissão, movimentação interna ou desligamento precisa gerar notificação automática para o TI fazer os ajustes.
- Admissão: atribuição rápida da licença adequada
- Desligamento: bloqueio e remoção agendada
- Movimentação: reavaliação de permissões
Essa abordagem reduz o tempo de resposta e fecha as brechas por onde o dinheiro escapa.
3. Aposte na automação sempre que possível

Eu uso sistemas de automação, como o Endpoint Central da ManageEngine, para acionar alertas sobre movimentações anormais: licenças sem uso, duplicidade, inconsistências no inventário. Isso diminui riscos e me permite agir de forma preventiva. Automação alimenta relatórios e decisões baseadas em dados, não em achismos.
4. Faça auditorias internas periódicas
Auditoria nunca foi castigo. É autodefesa para o caixa da empresa. Gosto de marcar ciclos trimestrais para revisar todo o cenário de licenças, identificando o que está subutilizado, ou até mesmo o que está atribuído para colaboradores que não precisam mais daquele recurso.
Caso você queira se aprofundar em temas de gestão, já escrevi bastante sobre políticas de auditoria e boas práticas em governança no meu blog.
5. Planeje a compra com base em dados históricos
Muitas vezes me perguntam: como prever o número correto de licenças? O que faço é analisar o histórico de aquisições, saídas, campanhas de contratação e sazonalidades da empresa. Planilhas simples resolvem boa parte, mas relatórios fornecidos pelo Microsoft 365 (uso de e-mail, Teams, SharePoint) entregam níveis de detalhe que ajudam bastante no planejamento. Fica mais fácil evitar comprar licenças em excesso e também não faltar num pico de demanda inesperado.
6. Crie políticas claras para o uso das licenças
Percebo que empresas sem regras criam, sem querer, brechas para desperdício e conflitos internos. Não basta só definir quem pode pedir licença, é preciso registrar os critérios, revisar periodicamente e deixar claro para todos. Se o processo for transparente, a gestão vira rotina e não uma disputa por privilégios.
Transparência evita dúvidas e conflitos internos.
7. Aproveite recursos nativos do Microsoft 365
No ecossistema Microsoft, recursos como o Centro de Administração permitem gerenciar usuários, atribuir ou remover licenças e monitorar consumo em tempo real. Tenho o costume de compartilhar com clientes o básico dessa interface, já resolve muita coisa sem complicação.
- Alertas de renovação
- Relatórios de uso
- Delegação de administração
Inclusive, para quem quer entender mais, o tema de cloud computing é recorrente em meus conteúdos.
8. Capacite toda a equipe envolvida

Uma equipe sem formação usa os recursos de modo disperso ou até inseguro. Gosto de preparar manuais de procedimentos e, sempre que possível, promover sessões de treinamento, podem ser online ou presenciais. Não basta o gestor saber: toda a equipe técnica e setores como RH precisam entender o que estão fazendo.
Inclusive, destaquei alguns métodos de treinamento em meus conteúdos de suporte, já pensando nessa integração dos setores.
Como integro tudo isso na minha consultoria?
Quando atuo como consultor parceiro Microsoft CSP, aplico todas essas práticas combinadas. Mais que apenas cuidar das licenças, passo a desenhar fluxos completos de suporte, automatizando ao máximo análise de consumo, ajustes e prevenção de falhas. É claro, sempre ajustando ao tamanho e cultura da organização. Já compartilhei algumas histórias e projetos práticos em artigos anteriores do meu blog.
Próximos passos e visão além de 2026
O cenário de licenciamento estará ainda mais volátil em 2026. Planos mudam, recursos se transformam e, por isso, a flexibilidade virou palavra-chave. Costumo dizer que quem faz gestão “no susto” tende a gastar mais e errar feio nas decisões. Com planejamento, monitoramento e integração entre setores, o controle deixa de ser preocupação para virar oportunidade de crescimento.
Se ainda restam dúvidas, vale a leitura de outros relatos sobre gerenciamento em outros cases de sucesso que publiquei recentemente.
Conclusão
Gerenciar licenças do Microsoft 365 não é só uma tarefa de TI, mas parte da saúde financeira e operacional das empresas neste novo cenário digital. Ao colocar em prática esses oito passos, você se antecipa a problemas e transforma a gestão em algo mais estratégico e menos reativo.
Quer simplificar o controle das suas licenças e modernizar sua TI? Conheça melhor o trabalho que realizo, veja as soluções que ofereço e descubra como a gestão pode ser leve, sem surpresas e sem desperdício.
Perguntas frequentes
O que são licenças do Microsoft 365?
Licenças do Microsoft 365 são permissões digitais que garantem acesso legal e individual aos softwares e serviços da Microsoft. Elas determinam quem pode usar recursos como Word, Excel, Teams, Outlook, OneDrive, entre outros, dentro de uma empresa ou organização. Cada licença costuma ser associada a um usuário específico.
Como comprar licenças do Microsoft 365?
As licenças podem ser adquiridas diretamente pela Microsoft, por meio de portais como o do Microsoft 365, ou com consultores parceiros CSP, como faço em minha consultoria. O ideal é avaliar o perfil da sua equipe, considerar o volume necessário e o modelo de pagamento (mensal ou anual) que faça sentido para o orçamento interno.
Como saber quantas licenças preciso?
Essa resposta depende do tamanho real do seu time, das necessidades de cada função e da rotatividade dos colaboradores. Ferramentas como relatórios de uso e inventários históricos ajudam muito a acertar esse cálculo. Avalie cargos, vagas temporárias e se há demanda por testes de novos recursos.
Como otimizar o uso das licenças?
A otimização começa com inventário atualizado, auditorias regulares, automação de processos e revisão constante da política de uso. Use os relatórios nativos do Microsoft 365, remova licenças não utilizadas e adéque planos sempre que houver mudanças de equipe. O objetivo é sempre cortar o desperdício e garantir o uso justo dos recursos.
Vale a pena usar licenças compartilhadas?
Na maioria dos casos, não recomendo o uso de licenças compartilhadas, pois isso vai contra as regras da Microsoft e pode gerar problemas de segurança e conformidade. Cada colaborador deve ter sua própria licença, garantindo rastreabilidade, suporte individualizado e respeito às políticas do fabricante.